Dólar sobe mais de 1,14% e chega a R$ 5,66

O dólar sobe e registra uma alta de 1,14% nesta terça-feira, sendo cotado a R$ 5,66 para compra e venda, chamando a atenção de investidores e impactando o mercado financeiro. Essa movimentação veio em meio à divulgação de dados econômicos importantes tanto no Brasil quanto no exterior.

Deflação no Brasil em Agosto: Impacto na Economia

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de -0,02%, marcando a primeira queda desde junho de 2023. Esse dado surpreendeu o mercado, que esperava uma leve alta de 0,01%. No acumulado de 2023, a inflação no Brasil está em 2,85%, e nos últimos 12 meses, o índice atingiu 4,24%.

Cotação do Dólar Hoje: A Alta Que Surpreendeu

Por volta das 13h, o dólar comercial foi negociado a R$ 5,645 para compra e venda, refletindo uma alta de 1,14%. Enquanto isso, na B3, o contrato futuro do dólar subia 1,05%, alcançando 5.660 pontos. Na segunda-feira, o dólar havia fechado em leve queda de 0,14%, cotado a R$ 5,5817.

TipoCompra (R$)Venda (R$)
Dólar Comercial5,6455,645
Dólar Turismo5,6745,854

Fatores que Impulsionam o Dólar: Cenário Global e Interno

dólar sobe

A alta do dólar reflete um ambiente de cautela entre investidores, especialmente com a expectativa em torno do relatório de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que será divulgado nesta quarta-feira. Esse dado pode influenciar diretamente as decisões do Federal Reserve (Fed) sobre a política de juros na próxima reunião, marcada para os dias 17 e 18 de setembro.

Além disso, as preocupações com a economia da China também impactam o mercado cambial. O recente relatório de comércio exterior chinês apontou uma desaceleração nas importações, com um aumento de apenas 0,5% em agosto, comparado aos 7,2% de julho, afetando diretamente os preços de commodities, como o petróleo e o minério de ferro.

Expectativas para o Federal Reserve: Redução dos Juros à Vista?

O mercado já prevê uma provável redução dos juros nos Estados Unidos. Atualmente, a taxa está entre 5,25% e 5,50%, e a dúvida dos analistas é sobre o tamanho da queda: 25 ou 50 pontos-base? O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o banco central está buscando um equilíbrio para evitar um esfriamento excessivo do mercado de trabalho.

Impactos no Mercado Global e Emergente

O Índice do Dólar, que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis moedas, subia 0,06%, para 101,710 pontos. Em relação ao iene japonês, o dólar recuava 0,4%, enquanto ganhava terreno frente a moedas emergentes, como o peso colombiano, peso chileno, rand sul-africano, e peso mexicano.

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Brasil: Perspectivas de Política Monetária e a Próxima Reunião do Copom

No Brasil, o foco do mercado estava nos dados de inflação e suas implicações para a próxima reunião do Copom, marcada para os dias 17 e 18 de setembro. Com a economia em aquecimento e o PIB crescendo acima das expectativas, muitos economistas acreditam que o Banco Central pode iniciar um novo ciclo de alta nos juros, atualmente em 10,50% ao ano.

A Influência do IPCA na Decisão Sobre a Selic

Apesar da deflação de -0,02% em agosto, os economistas continuam atentos à trajetória inflacionária no Brasil. Com a inflação anual acumulada em 4,24%, abaixo da meta de 4,5%, a expectativa é de que o Banco Central tome decisões cautelosas em relação à taxa Selic.

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